Inspiração, Ambição e Legitimidade

Como as pessoas te inspiram? Com o que elas têm, ou com quem elas são?
Seja como for, vale considerar que você jamais se tornará aquilo que, em essência, não deriva do que você é feito.  Numa brincadeira comparativa, é mais ou menos assim: O cacau se torna chocolate, mas a pimenta jamais será, sozinha, um chocolate. Ela pode sim agregar sabor, aroma, fazer parte do processo de novas combinações, etc.,  mas ela, pura e simplesmente, não se transforma em chocolate. E pessoas gostam de chocolate com pimenta! Portanto, é uma combinação que agrada. Agora, triturar, processar, oferecer ou morder uma pimenta, e esperar a experiência de um chocolate é impossível. Existem outros resultados interessantes obtidos com as derivações possíveis para a pimenta. A gente se inspira com as possibilidades transformadoras de um processo na vida do outro, e considera tal efeito sobre nossa natureza, condição e talento. Imitar o caminho, e ambicionar o pódio não é uma inspiração, é psicopatia.
Então, se alguém nos inspira, que seja por ser quem é, e que isso nos impulsione a ser quem somos, porque inspiração é motivação para extrair de nós o melhor, e não para corromper nossa essência. O que não amálgama, adultera e estraga. 

Isso não é um vaticínio, é apenas um entendimento, que nos ajuda acolher nossas necessidades com bom senso, reconhecer e investir em nossos talentos, admirar o outro com empatia - e não cobiça, e multiplicar a variedade de sabores da natureza humana como quem vive com um propósito, e não banaliza a vida.

"Os nossos desejos são como crianças pequenas: quanto mais lhes cedemos, mais exigentes se tornam" - Provérbio Chinês